Razão e paixão
Até ao fim do século XVIII quase unanimemente os pensadores europeus defenderam a razão contra a paixão, ou melhor, as paixões. Desde o romantismo que isso não acontece. E como em boa verdade ainda bebemos, para o bem e para o mal, do romantismo, hoje em dia não se pergunta pela defesa da razão sequer. Onde está a razão então? E porquê tanto afã em defendê-la contra as paixões? Que receios provocava a paixão?
Vejamos a última questão em primeiro lugar. Porquê tanto afã? O lugar comum é o de se dizer que existia uma cultura racionalista, como se isso fosse uma limitação, como se não tivessem percebido – os pobres coitados! - que havia outras coisas para além da razão. Este é evidentemente um modo de ver as coisas muito pobre. S[...]
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