terça-feira, 2 de novembro de 2010

A política ambiental I







Não sendo especialista em ambiente, não posso deixar de estar confundido pelas discussões que se ouvem acerca do aquecimento global.

Como existem teses para todos os gostos, e tentando ordenar ideias vou tentar expor o que penso da forma mais simples. Aliás, nesta matéria não posso ser mais que um cidadão esclarecido e não um conhecedor.

Na perspectiva europeia eu tentaria resumir os níveis da discussão a três:
a) Os efeitos locais
b) As necessidades geoestratégicas
c) Os efeitos globais.

A actividade humana tem efeitos locais. Esses, ao contrário dos globais, não são objecto de decisão, são evidentes. E por isso são estes os primeiros a convencer-me.

Fugas de radioactividade em centrais nucleares, fumo a sair de chaminés, líquidos poluentes a sair para os rios e para o mar, dejectos de porcos que poluem as águas. Estes efeitos locais são não apenas evidentes nos seus traços gerais, como quanto a mim é evidente a sua nocividade. Só por si convencem-me da necessidade de uma política ambiental.

Em primeiro lugar não gosto de coisas porcas. Rios porcos, cidades ou campos porcos, não é ambiente em que queira viver. É uma questão higiénica.

Em segundo lugar, provocam problemas de saúde nas pessoas, e também por essa via me parece que são indiscutivelmente nocivos.

Em terceiro lugar, destroem ecossistemas, reduzem a biodiversidade. A utilidade para o ser humano da biodiversidade (tanto na descoberta de novos medicamentos, como a rendibilidade de agricultura, como no próprio equilíbrio fisiológico do ser humano) é evidente.

Em quarto lugar, e aceito que me acusem de subjectividade, mas não gosto de coisas feias. Um rio porco, uma cidade suja, o fumo cinzento a pintar o ar, as roupas que se emporcam, tudo isso me parece sumamente inestético.

1 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

É a política. É como a matemática politizada na Estatística. Haverá versões para todos os gostos e opções políticas.