sexta-feira, 27 de novembro de 2009

II. Zio Petros e la congettura di Goldbach, Apostolos Doxiadis, Bompiani, 2001

Uma história não contada directamente pelo livro é o pano de fundo cultural. A teoria dos números que impera no seu tempo é de matriz francesa (os Hadamard e quejandos) que por sua vez vem de origem alemã. A França de entre guerras, mais que qualquer outra, conhecia e era tocada pela cultura alemã. Na matemática, na física (a relatividade, a física quântica), na filosofia (Husserl e Heidegger, o neokantismo), na literatura (Thomas Mann, o expressionismo), no cinema... Em quase todos os campos a admiração francesa, e sobretudo o conhecimento francês em relação à cultura alemã, poucas vezes foram tão intensos. E no entanto, entraram em guerra. Por isso o adágio “é o desconhecimento que provoca o medo e as guerras” mostra-se mais uma vez francamente ingénuo. Por [...]
(mais)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

I. Zio Petros e la congettura di Goldbach, Apostolos Doxiadis , Bompiani, 2001




O lugar comum diz que a História é contada pelos vencedores e sobre os vencedores. Observação a ser tomada com cuidado. A s[...]
(mais)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

No Gesù

Não tenho por hábito descrever episódios da minha vida pessoal. Não por a achar desinteressante mas suspeito que não o será para mim tanto quanto o poderá ser para os outros. Mas de vez em quando podemos abrir excepções, porque em boa verdade não é de nós que falamos.

Gosto particularmente de Roma. Por mais razões que as que podem ser vertidas num texto curto. É das raras cidades onde se pode ir pobre e rico, só e acompanhado, habituada que está eremitas e imperadores. As cidades burguesas têm os seus fascínios, mas apenas se fruem plenamente quando se tem dinheiro e se vai em boa companhia. Roma é ao mesmo tempo popular e aristocrática.

O turista comum encontra em Roma locais extraordinários. Mas tive a sorte de conhecer alguns locais que não es[...]
(mais)

domingo, 15 de novembro de 2009

Erm, alguém pensou no acrónimo?

A imprensa de hoje traz notícias sobre um movimento de apoio a Gonçalo Amaral, com a sua primeira iniciativa a ser uma petição em defesa da liberdade de expressão do ex-inspector do caso Maddie. É bom ver actividade cívica, mas só uma pequena dúvida: os organizadores do movimento "Cidadãos Apoiam Gonçalo Amaral" não pensaram muito no nome (e acrónimo resultante), certo?

(mais)