Compre mais, LEYA mais
A LEYA está na feira com um conjunto de stands que se apresenta como um todo unitário.
Os stands estão pensados para a livre circulação, existe uma "praça central", onde nos podemos sentar com as crianças, cestos para levar livros, e o apelo de marketing para levar 4 livros e apenas pagar 3.
Os livros dos autores portugueses estão em destaque: Saramago, Lobo Antunes, Cardoso Pires.
Todo o ambiente me lembra o de um shopping: cómodo, aparatoso, fácil,colorido, prático, pensado para os clientes, com um apelo descarado para que se comprem produtos, livros neste caso, com a música de fundo a criar boa onda.
Muito pouco de esquerda, portanto.
E eu, que não sou de esquerda e não acho que os livros tenham de ser comprados a quem mostre o carácter sisudo de um bibliotecário de Alexandria, atiro-me áquilo como gato a bofe.
E a menos que me digam que todo aquele aparato foi conseguido ás custas de trabalho infantil asiático, quando ler A hora má, Os ratoneiros,ou A mancha humana, noite fora, sem barulho, vou sentir-me realizada.
Feliz mesmo quando ler Travessuras da menina má, quanto mais não fosse porque este veio de graça. E a graça que as meninas más têm.
1 comentários:
Confesso que não percebo o que a esquerda tem que ver com o assunto. Mas também não acho que tudo tenha necessariamente que ser político. A literatura, por exemplo...
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