Não senhores, O Leitor ganha aos pontos. A mulher de 36 anos está na banheira com um rapaz de quinze que seduziu quando ouve um excerto de D. H. Lawrence, "O amante de Lady Chatterley". Acha a obra "disgusting". Pode alguém amar um monstro, não desconhecendo essa condição? E se o fizer, o que será maior, a culpa ou o desejo? E será que só há desejo porque há culpa? A complacência que ele usa para com ela é igual à que os alemães tiveram para com o nazismo? Este actor, que já fez de Lecter, não se parece neste filme mais com a Clarice?
A busca da justiça e da redenção de um homem bom não se compara à sorte de uma mulher que não sabia ler recusando – se a informar o mundo de tal facto. Nem que isso lhe custasse pena agravada de cadeia. É uma coisa do foro psiquiátrico, tipo antes a morte do que tal sorte. Não chega sequer a ser convincente. No mais a actriz vai melhor no filme do marido. Reconheça – se, todavia, que se trata de um filme, digamos, feminino.
Não sei se é, digamos, feminino. Sei que abordam ambos a condição feminina, de diferentes formas e com pontos de vista opostos.
Todavia, curiosamente em ambos os filmes,aquelas mulheres decidem por termo à vida porque não sabem, não podem, ou não conseguem resolver a vida de outra forma.
6 comentários:
Watchmen é capaz de ser melhor.
O melhor, a léguas de distância, é o “Gran Torino”. Na verdade, nem há comparação pois trata – se de uma obra-prima.
Não senhores, O Leitor ganha aos pontos.
A mulher de 36 anos está na banheira com um rapaz de quinze que seduziu quando ouve um excerto de D. H. Lawrence, "O amante de Lady Chatterley". Acha a obra "disgusting".
Pode alguém amar um monstro, não desconhecendo essa condição? E se o fizer, o que será maior, a culpa ou o desejo? E será que só há desejo porque há culpa?
A complacência que ele usa para com ela é igual à que os alemães tiveram para com o nazismo?
Este actor, que já fez de Lecter, não se parece neste filme mais com a Clarice?
A busca da justiça e da redenção de um homem bom não se compara à sorte de uma mulher que não sabia ler recusando – se a informar o mundo de tal facto. Nem que isso lhe custasse pena agravada de cadeia. É uma coisa do foro psiquiátrico, tipo antes a morte do que tal sorte. Não chega sequer a ser convincente. No mais a actriz vai melhor no filme do marido. Reconheça – se, todavia, que se trata de um filme, digamos, feminino.
Não sei se é, digamos, feminino.
Sei que abordam ambos a condição feminina, de diferentes formas e com pontos de vista opostos.
Todavia, curiosamente em ambos os filmes,aquelas mulheres decidem por termo à vida porque não sabem, não podem, ou não conseguem resolver a vida de outra forma.
Crime e castigo, assente na culpa judaico-cristã.
E o "harakiri"? - às vezes por simples questões de etiqueta...
João Wemans
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