One way ticket
Durante dois anos, os trabalhadores da Quimonda trabalharam por dia 12 horas. Mais quatro horas do que o período normal. São, por cada semana de trabalho, mais 20 horas. O esforço destes trabalhadores foi enorme, segundo os seus dirigentes sindicais.
Este tipo de esforço só acontece se e quando um trabalhador tiver genuíno receio de perder o seu emprego.
Nunca vai suceder num sector de actividade onde essa contigência seja uma impossibilidade legal ou uma impossibilidade de facto.
Veja-se. Por um lado, temos um Ministro que propôs a generalização do periodo experimental para os trabalhadores indiferenciados para seis meses - a motivar decisões acertadas do PR e do TC que impediram a medida.
Ao mesmo tempo temos outro Ministro que corre para a TAP a dar razão ( e mais o quê?) aos Sindicatos que queriam fazer greve no Natal!
Parece-me que é fraca a coesão nacional de um país onde os trabalhadores do sector privado estão sempre numa posição preclitante e os do sector público tão pouco expostos a essas contigências.
O bilhete dos trabalhadores da TAP é sempre de ida e volta.
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