domingo, 16 de novembro de 2008

Obama e duas anedotas

Chega a primeira notícia do Obama real. Braço direito: Rahm Emanuel, também conhecido como “Rambo”; filho, dizem, de um antigo militante sionista. Vou informar-me, mas seja como for, e até por ter à minha frente o livro em que se conta a história do comunismo através de anedotas inventadas pelos que nele viviam, não resisto a ilustrar o episódio com anedota a propósito:
1950, em pleno estalinismo, um talho anuncia que no dia seguinte vai vender carne. Grandessíssima fila desde a madrugada. Às 9, o exemplar funcionário vem à porta e anuncia: “A carne vai demorar e é menos do que se pensava. Os judeus podem, por isso, ir para casa.” Ao meio dia, o zeloso funcionário proclama: “Há atrasos no circuito de distribuição e ainda há menos carne do que se pensava. Podem ir-se todos embora, menos os gloriosos veteranos da II Guerra”. Às 6 da tarde, a loja fecha, não sem que o dedicado funcionário avise: “Afinal, hoje não há carne. Para a semana anunciaremos o próximo fornecimento”. Queixam-se os esfalfados veteranos: “Vês, os judeus é que se safaram, são os privilegiados do costume!
Entretanto, Durão Barroso, em entrevista ao Expresso, entende que a vitória de Obama abre perspectivas políticas muito promissoras. Não é o único a pensar assim. Mesmo na esquerda europeia – e até nos velhos e novos herdeiros do comunismo – há quem veja na vitória de Barack um amanhã que canta. O que me leva a recorrer simbolicamente a outra anedota que se contava (verdade!) na solar União Soviética:
Dois patriarcas judeus estão na Praça Vermelha e um pergunta ao outro como é que estão os três filhos. Diz o pai, “Olha, o mais velho está em Varsóvia”. “A fazer o quê?" pergunta o outro. “A ajudar a construir o socialismo”.
E o do meio?”. “Esse vive aqui, em Moscovo”. “E trabalha?”Ah, sim, está a ajudar a construir o socialismo.” Querendo saber tudo, o amigo pergunta: “E o mais novo?” “Vê lá tu, teve um visto e foi para Israel” “E também lá está a ajudar a construir o socialismo?” Responde o pai: “Estás louco, achas que ele faria uma coisa dessas na nossa própria terra.

ah, este livro é imperdível


0 comentários: