O Fundamentalismo
... detecto neste olhar um sentido de indevida apropriação...
A este post sobre Sarah Palin, a Inês Dentinho respondeu aqui com garra e frontalidade. Demarcou-se de Palin (“nada contra e muito menos a favor”, disse Inês) e apontou espingardas ao politicamente correcto (“porque é que não é visto como um fundamentalismo?”).
Obrigou-me, por isso, a consultar os meus botões e saíu-me isto.
Entre instinto e razão, entre sonhos e pesadelos, tenho algumas coisas contra Palin e outras a favor.
Entre instinto e razão, entre sonhos e pesadelos, tenho algumas coisas contra Palin e outras a favor.
Digamos que não aprecio da mesma maneira o que nela é acção e o que nela é reflexão. Indeciso e inconstante, não consigo é saber o que aprecio ou o que detesto.
Ah, mas sei o que odeio no politicamente correcto, e dou exemplos:
· a apropriação monopolista dos meios de contestação;
· a acumulação primitiva da mais-valia da queixa;
· a liminar exclusão dos adversários como praxis científica e revolucionária;
· mas sobretudo, sobretudo, pensarem que Lukács é uma marca de lâmpadas de 15 watts.
· a acumulação primitiva da mais-valia da queixa;
· a liminar exclusão dos adversários como praxis científica e revolucionária;
· mas sobretudo, sobretudo, pensarem que Lukács é uma marca de lâmpadas de 15 watts.
Ai Sarah, Sarah, que o teu fervor não derreta os gelos do Alaska.
10 comentários:
eu nao digo que e sempre o mesmo a fazer descambar este blog?
Ah pois Pedro, deve mesmo ser por falta de cedilhas, til e acentos que você está para aí, lá longe onde está, a fazer boquinhas.
Por falar em politicamente correcto, aproveitei uma velha e duvidosa piada racista para me situar em relação a Palin. Dizia a gracinha: «Não tenho nada contra os pretos, muito menos a favor».
A verdade é que o que conheço da senhora são soundbytes (será assim que se escreve?) dos quais o último me parece uma «bushianidade» sem nome. Grosso modo, diz a alaskenha: venha já a Georgia para a Nato para que, à primeira escaramuça na Ossétia do Sul, possamos atacar a Rússia na legalidade.
Adorei os seus ódios ao PC. Um registo a incluir na patente deste blog!
Manel, sabe que tenho por si enorme estima. Todavia, há coisas que são inaceitáveis. Não posso concordar com a inclusão desta foto no blog. O Manel acabou de violar todas as normas morais e estéticas consensualmente aceites por todas as pessoas de bom-gosto. Manel, já não via um penteado destes há vinte anos! Ou na RTP memória, na série Alô,Alô, no cucuruto da barmaid loura e rechoncha!
Sobre o Pedro, não me digam que fugiu para a Georgia - um sítio onde faltam cedilhas, til, acentos e fazem muitas boquinhas...
Sofia,
retribuindo-lhe, com entusiasmo e pundonor, a estima, aviso-a de que não deve estar a falar da fotografia que estou a ver. Que eu tenha reparado o bebé tem a cabeça careca e lisinha como toda a paisagem circundante...
Lisinha?! como TODA a paisagem circundante?
Ó Manuel, agora chama paisagem às mamãs?
Ó Minderico, quem é que lhe disse que é uma mamã? Estou a ver, e com que desgosto, que o meu amigo nunca estudou geografia.
Hummmmmmm, estudei sim, e bem. E também tive uma cadeira de topografia no Técnico.
Há qualquer coisa aqui que não bate certo. Alguém anda mal, ou o Manuel ou eu!
Vou pensar melhor neste assunto ;-)
Ó meu caro Minderico, o pomo da nossa discórdia é que - está na cara - a jovem que segura o bebé ao colo não é mamã (com til, bem entendido) nenhuma.
Mas gostei muito que tenha inovcado a topografia em sua defesa! Abraço
Caro Manuel
Bem, não é mamã, mas tem grandes probabilidades de vir a ser, ora! Candidatos a pais não lhe faltarão :-)
Considere-se também abraçado.
PS: sou do tempo em que logo na escola primária se aprendia também o relevo do País.
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