quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desinspirado

Se a palavra existe, é assim que estou e retirei o post um pouco ridículo sobre um importante evento, que fica aqui ligado todavia. Volto mais tarde. Alguns acham que os posts devem ser definitivos. Eu sou mais adepto de rascunhos, revisões, jogar basket com bolas de papel no lixo, etc.

4 comentários:

Sofia Rocha disse...

Pedro, acho apenas que o tema, e a figura de Marcelo, continuam a ser de difícil tratamento.
Não há muito tempo, comprei a biografia que dele fez Vasco Pulido Valente. Estranhamente, de cada vez que sacava do livro da pasta para o ler, desatava tudo a olhar para mim como se eu fosse uma perigosa reaccionária, de arma na mão.
Em Portugal destina-se o mesmo tratamento reverencial dogmático ao antes e ao pós 25 de Abril, o que é uma pena. Talvez seja por isso que a nossa história recente seja tão ignorada pelos mais novos.

Anónimo disse...

Obrigado. É verdade. E fiquei deveras impressionado com a falta de literatura alternativa que muitos de nós sentimos. Esse livro de VPV é excelente, claro. É a visão mais realista das dificuldades da época. Marcelo e D. João VI precisam de reabilitação. Mas dizer isto não quer dizer claro que ele não teve culpas. Uma das que teve foi deixar que A. Tomás se recandidatasse à presidência. É que o PR, depois de Salazar, tinha de facto poderes e Marcelo não podia fazer nada sem eles. Voltaremos a isto, certo?
Saudações,
P

Anónimo disse...

O facto de se usar a palavra "transição" para caracterizar a época de Marcello Caetano, é hoje, transcorridos 34 anos sobre o seu fim, enganosa, pois o que se lhe segui foi uma Revolução, com o quase desmantelamento do Estado e a destruição da sua base territorial, e não a Evolução desejada.
Lembro-me de um livro de Hélène Carrère d'Encausse: "Nicolas II.La transition interrompue"

João Wemans

Anónimo disse...

Sim, mas pode questionar-se se Marcelo achava mesmo que podia fazer a transição. Transição para quê? Na Europa só podia ser para a democracia. Marcelo sabia que queria isso? Não o mostrou pelos actos. Ele apostava na evolução na continuidade, recordemo-nos. Obrigado pelo comentário e saudações,
P