segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Solzhenitsin: in memoriam

Há dois momentos macabros na história da humanidade, no século XX: os campos de concentração nazis e os campos de concentração soviéticos. Salvo para algumas cabeças descabeladas e furiosas, a denúncia e a prova da barbárie nazi foram um dado adquirido desde o final da Guerra, em 1945. Não foi tão fácil denunciar a barbárie estalinista. A ideologia e a bondade idealista dos amanhãs que cantam queimavam como um ferro em brasa qualquer prova da inenarrável dor e mortandade que escapasse das sombras do socialismo científico.
Este homem, Alexander Solzhenitsin, com uma só palavra, Gulag, quebrou o tabu e ajudou a libertar a humanidade de um pesadelo torpe.
Uma palavra e duas mil páginas foram o legado de Solzhenitsin. Um legado que nos fez mais livres e, acredito, mais humanos.

1 comentários:

JP Guimarães disse...

Acredito que há de facto Homens que, por si só, pelo que representam, pelo que lutam, pelo que arriscam (a Coragem, sempre a mãe de todas as virtudes), têm a capacidade de mudar a história. Um (enorme) exemplo, é Mandela. Não sei se há alguém vivo que mais admire.