Confissões de um inculto
Alguém me ensinou, ou aprendi sozinho, a tentar apenas ser bom naquilo que faço, não tentar naquilo que não faço e admirar quem é bom nas coisas que faz. Serve isto para dizer que estou um pouco desorientado com as interessantes movimentações que este blog tem tido. Ele está seguramente mais culto do que há uns tempos, e isso não é preciso mostrar de tão evidente que é. Mais culto e mais interessante.
Fiquei uns tempos sem escrever, pois isto tem de ser alimentado com parcimónia por cada um de nós, uma regra que todos seguimos, pelos vistos, e agora apetecia-me contribuir com algo que encaixasse nessa nova onda e, em vez de me sair algo, só me apetece admirar os posts dos outros, isto é, admirar as coisas que são feitas por quem é bom no que faz. É a verdade, a pura das verdades, e isso para mim não é problema, antes pelo contrário.
Escrever sobre economia é uma das actividades menos cultas que há, por definição, pois trata-se da ciência do venal (a não ser que se seja demagogicamente interessante). O mais culto que consigo ser é quando escrevo sobre história e aí tenho traído este blog e se calhar ainda o vou trair mais se conseguir contribuir com umas achas mais aqui, acrescentado algo sobre esta ideia da história virtual, que pode levar a dizerem-se coisas interessantes mas também alguns disparates.
Fiquei uns tempos sem escrever, pois isto tem de ser alimentado com parcimónia por cada um de nós, uma regra que todos seguimos, pelos vistos, e agora apetecia-me contribuir com algo que encaixasse nessa nova onda e, em vez de me sair algo, só me apetece admirar os posts dos outros, isto é, admirar as coisas que são feitas por quem é bom no que faz. É a verdade, a pura das verdades, e isso para mim não é problema, antes pelo contrário.
Escrever sobre economia é uma das actividades menos cultas que há, por definição, pois trata-se da ciência do venal (a não ser que se seja demagogicamente interessante). O mais culto que consigo ser é quando escrevo sobre história e aí tenho traído este blog e se calhar ainda o vou trair mais se conseguir contribuir com umas achas mais aqui, acrescentado algo sobre esta ideia da história virtual, que pode levar a dizerem-se coisas interessantes mas também alguns disparates.
4 comentários:
Pedro
A cultura é fundamentalmente um gesto com o qual se expressa uma forma determinada de organizar o mundo. Ela é, por isso, até de um ponto de vista etimológico, muito mais do que um conjunto de conhecimentos, teorias, ou doutrinas: é algo que vive e habita em nós, movendo-nos. E desse ponto de vista já uma vez lhe disse - ainda que a modéstia lhe fique bem - que o considero francamente culto, pois que com pinceladas sempre muito simples nos introduz nas profundezas da sua área do saber. Foi o que mais uma vez aconteceu com este seu post. Obrigado.
Partilho esse pudor e essa resistência a falar do que não sei. Sendo por isso que não comento mais vezes os seus escritos porque não domino as matérias sobre as quais escreve. Peço-lhe no entanto que use menos da parcimónia e escreva mais, porque quando escreve percebo sempre melhor porque é que a economia é uma ciência social.
E eu, seguindo o caminho indicado pelo Gonçalo e pela Sofia, gostava que o Pedro perorasse sobre um tema que, satisfazendo as suas afinidades mais electivas, as da história económica, nos fizesse um belo post (também pode ser provocador) sobre as 3 mais trágicas decisões dos governos portugueses nos últimos 5 anos. Ah, a OTA e o TGV ainda não contam.
Obrigado e, está bem, exagerei um bocado. Mas só um bocado, pois de facto não é fácil acompanhar a vossa verve. O desafio do Manuel é exigente, mas tentarei, tentarei.
Abraços,
P
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