Aliança Santana-Zapatero
Vi com tanta simpatia como razoável cepticismo a entrevista de Santana Lopes a Judite de Sousa, na RTP1.
Tirando uma piedosa declaração de intenções sobre os fins últimos do exercício do poder político – a de proporcionar a maior felicidade possível nesta vida (e não, como sublinhou o entrevistado, em hipotéticas vidas futuras) aos cidadãos que lhe estão subordinados – o anúncio de ideias políticas e de propostas de acção governativa foi impenitente e notoriamente submerso pela contabilidade das espingardas no interior do aparelho partidário.
À falta de recursos próprios, Santana acabou por brandir como estandarte uma recente medida do Governo socialista espanhol que facilita às famílias a amplificação gratuita do prazo das hipotecas, reduzindo assim o respectivo custo mensal.
Esta sim, é uma surpresa colossal: a aliança Santana-Zapatero é uma cálida e efusiva promessa eleitoral.
2 comentários:
e eu a achar que faltava algo que nos surpreendesse ...
Helena, não seja injusta, nas próximas duas semanas, em matéria de surpresas não haverá vitória antecipada. Vai dar prolongamento e penalties.
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