sábado, 3 de novembro de 2007

Rankings das escolas e mais algo.

Na batalha dos rankings das escolas, ganhou o Expresso, pela descrição e por ter, naturalmente, consultado especialistas. Estes rankings são fundamentais e mais vale um ranking com deficiências do que nenhum. Mas eles não devem ser parte de uma batalha ideológica.

Os Maristas em Lisboa estão no top 10, ou coisa que o valha. Parabéns! Se bem me lembro, no meu tempo quase só lá ia parar quem se portava mal. Os outros ficavam nos liceus públicos. Será que o ensino público do tempo de Marcello Caetano era assim tão bom? Era, de facto, em alguns sítios. O que se poderá então concluir? - A culpa deve ser da democracia.

A Ministra da Educação, essa, devia estar por um fio. Para deixar bem expressa a minha opinião sobre as faltas: sempre que posso deixo explicitamente uma margem de 20% da avaliação para a assiduidade e participação nas aulas.

4 comentários:

Manuel S. Fonseca disse...

O Pedro diz, e bem, que os rankings "não devem ser parte de uma batalha ideológica". Salvaguardadas certas especificidades indígenas, a presumível degradação do ensino é um fenómeno que se verifica igualmente (da violência escolar ao desastre pedagógico e inadequação de curriculo) em países onde não ocorreu qualquer mudança de regime, caso da Inglaterra ou da França.
Ah, acrescento uma nota pessoal: tenho algumas saudades do meu velho liceu público, mas dá-se o caso de eu ser muito sentimentalão, o que não me qualifica para um debate sério sobre o tema.

António de Almeida disse...

-Até que enfim, que vejo alguém centrar a questão. Só não a desenvolve. Porque razão, as famílias mais abastadas colocam os filhos no ensino secundário privado, e no superior recorrem ao público? Será que a segurança não tem um papel por aí? Que pai, com posses naturalmente, deixa o filho correr o risco de ser assaltado á porta do liceu, ou lá dentro, e participar numa aula onde alunos insultem professores? Para não falar em programa cumprido, numa escola privada é garantido, na pública irá depender do número de greves que ocorrerem, e da colocação de professores! No superior, tal já não acontece, e os alunos voltam! Curioso não?

Luís Bonifácio disse...

No tempo do Marcelo Caetano o ensino público era de facto muito bom, só que não chegava a toda a gente. A boa qualidade do ensino público continuou pelo menos até meados dos anos 80 (Quando deixei de frequentar o ensino secundário), se bem que já se notasse certa degradação devido aos ideias pedagógicos do ministério.

Nessa altura (1982-1984) no Porto, tirando um ou outro colégio particular (Colégio do Rosário) o ensino particular era conhecido por transformar alunos de 10 em alunos de 18 (Lumen, D Duarte), de modo a aproveitar as regras de acesso à Universidade, que mudavam de ano a ano, diminuindo sempre o peso do exame final, nessa altura frequentar o ensino particular era para os Burros Ricos.

Anónimo disse...

Colégios privados para focalizar a concentração dos meninos-bem e faculdades públicas, onde o ensino se mantém bom (ou sem companhias indesejadas como na secundária pública).