E a diversidade vale sempre a pena?
No essencial estou absolutamente de acordo com a reflexão do Miguel P. Maduro. Mas vou mais longe: será a preservação da diversidade cultural sempre um «bem» em si mesma? Dou dois exemplos ligados à língua portuguesa que, do meu ponto de vista, sustentam a tese contrária:
1 - Será que, do ponto de vista dos timorenses, a preservação da língua portuguesa como marca de identidade e diferença traz mais benefícios do que traria uma mais profunda integração (também através da língua) no bloco económico de que, para o bem e para o mal, Timor faz parte?.
2 - Será que os portugueses devem lutar por preservar os particularismos do português falado em Portugal ou devem avançar decidida e regularmente para acordos ortográficos com o Brasil que podem ser a única forma de, a prazo, tornarem a nossa língua minimamente relevante no contexto mundial?
Suspeito que as respostas a estas perguntas não sejam do mais politicamente correcto que se pode imaginar. Mas mais estúpido do que uma resposta errada é uma pergunta que não chega a ser feita.
3 comentários:
Caro Pedro,
Seguramente que a resposta politicamente correcta é que há a boa e a má diversidade (sendo esta última aquela que se pretende diferenciar de nós…)
Miguel
Uma pequena achega secundária: os acordos com o Brasil estão mais ou menos inviabilizados pela mentalidade que diz, orgulhosa, que os brasileiros não falam português. Preferíamos todos ser checos: assim ninguém nos entendia mesmo...
Dizer que no Brasil se fala brasileiro deve ser a única coisa inteligente que jamais saiu da boca dos portugas.
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