Bastava-nos a Península
Permitam-me uma pequena variação sobre o texto “Da Inovação e Empreendedorismo”, onde Diogo Vaz Guedes afirma que o desafio da globalização impõe aos empreendedores portugueses a obrigação de considerarem a Europa como seu “mercado interno”. Ou é essa a dinâmica ou estamos condenados. Como estou de acordo, tento traduzir a premissa para sectores que me interessam: o livro, o cinema e o audiovisual. São sectores em que, afinal, o instrumento da língua introduz um inescapável particularismo, contrariando a universal língua franca das commodities e das utilities. E dou comigo a pensar que, naqueles sectores, mal grado a diferença linguística, se conseguirmos, pela conjugação da proximidade cultural e sociológica, pensar a Península Ibérica como o nosso “mercado interno” estaremos já a dar o passo que, por enquanto, não é maior do que a perna.
Mas será que a globalização, até por definição lógica, rejeita faseamentos e excepções, mesmo que sejam os das indústrias culturais?
Mas será que a globalização, até por definição lógica, rejeita faseamentos e excepções, mesmo que sejam os das indústrias culturais?
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