tag:blogger.com,1999:blog-14157382126842852.post108009523548458662..comments2024-03-07T12:07:55.600+00:00Comments on Geração de 60: II. O méritoSofia Galvãohttp://www.blogger.com/profile/15699338974316145917noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-14157382126842852.post-4022120710018928962007-08-07T18:52:00.000+00:002007-08-07T18:52:00.000+00:00Agradeço o teu comentário. Mas apenas saliento que...Agradeço o teu comentário. <BR/><BR/>Mas apenas saliento que quis demoinstrar que mérito e democracia nada têm de relação necessitante. Todas as culturas premeiam o mérito, cada uma à sua maneira. <BR/><BR/>O mérito nada tem a ver com democracia. Associá-los é sofrer do mito da Revolução Francesa de que "antes" era tudo hereditário e "depois" vale o mérito (basta ver os exemplos de Jacques Coeur e de João das Regras, ou muitos percursos eclisáticos ou culturais - Rubens "pictor doctus", os Fugger, os Medicis, para ver o contrário).<BR/><BR/>Uma questão que nem sequer discuto nestes posts (ainda vêem mais uns) é a de saber se a democracia é efectivamente o regime mais eficaz a premiar o mérito. E essa será uma outra questão.Alexandre Brandão da Veigahttps://www.blogger.com/profile/09798655630336833574noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-14157382126842852.post-16416402772478203422007-08-07T17:40:00.000+00:002007-08-07T17:40:00.000+00:00Caro Alexandre,Duas discordâncias:1º - Pergunto-me...Caro Alexandre,<BR/>Duas discordâncias:<BR/>1º - Pergunto-me se, em parte, não confundes democracia com igualdade. A democracia exige uma igualdade de acesso ao sistema político de forma activa e passiva mas não impede que a nossa participação no processo político seja guiada por critérios de mérito. Por outras palavras, eu mereço e reconheço a todos iguais direitos de participação no sistema democrático mas isso não impede que o meu voto possa ser orientado pelo reconhecimento do mérito: o facto de se dever ter igual respeito por uma pessoa inteligente ou por uma pessoa menos inteligente não significa que deva ser indiferente em qual votamos. Essa lógica tornaria absurdo o próprio voto uma vez que, em última análise (seja pelos factores genéticos seja por factores sócio-culturais) ninguém é verdadeiramente responsável pelo seu mérito (ou, já agora, por qualquer outra característica). Mas reconheço que esta posição seria coerente com um regime de selecção por sorteio (como pareces sugerir no post anterior) e que, em certos casos (limitados na minha opinião), este até poderia constituir um bom mecanismo democrático.<BR/>2º É verdade que nem sempre as pessoas com mais mérito vêm o seu mérito reconhecido. No entanto, isso não é, por si só, suficiente para excluir um regime assente numa lógica predominante de mérito. Vivemos num mundo de alternativas imperfeitas e eu acho que esta é a menos imperfeita que conheço. Concordo é que é necessário tentarmos aperfeiçoar o mais possível os nossos critérios e processos de selecção com base no mérito e que, se necessário, devemos criar mecanismos de compensação e promoção para aqueles que pertencem a grupos sociais que podem ter menos condições de acesso ao que favorece o mérito. Em certa medida o mérito deve ser medido ou promovido em "condições de diversidade" de forma a garantir que ele não se transforma noutro obstáculo à mobilidade social. Em qualquer caso, os regimes de mérito têm, historicamente, promovido mais mobilidade social que regimes "teoricamente" mais igualitários. <BR/>Um abraço<BR/>MiguelMiguel Poiares Madurohttps://www.blogger.com/profile/03129268457759922904noreply@blogger.com