sexta-feira, 20 de maio de 2011

São os alemães culpados? III

Resta-nos o terceiro conjunto de aspectos. Os de política interna. É que a birra e a peixaria da esquerda à direita ajudam a esconder um simples facto: o de a classe política não ter pensamento, capacidade e vontade de impor por si mesma as medidas que deveriam ser tomadas. E estas são simplesmente três, respondendo a três perguntas.

A primeira é: como distribuir pelos portugueses o encargo da dívida? As soluções simples são: os ricos que paguem crise ou os ricos já pagam demais. Aqui está um bom momento para quem usa a palavra “patriótico” da esquerda à direita para demonstrar uma verdadeira solidariedade nacional. Os grupos e pessoas que se querem escusar a uma justa distribuição dos encargos apenas mostram que não se encontram vinculados a Portugal, o que é de seu direito, mas apenas demonstra que não podem falar de pátria. É um bom teste para sabermos se Portugal se sente como um país ou não.


A segunda é: como punir quem mente nas contas? Uma empresa privada é punida por falsear a contas, não se compreende que o Estado não o seja. Não me faz sentido criminalizar a má execução orçamental. Essa é uma questão política. Mas o que me parece evidente é que quem mente em causa pública tem de ser punido. Não encontro quem propunha seriamente uma punição severa dos membros do governo até aos funcionários públicos que mentem nas contas. Esta a matéria que mereceria legislação especial. A clara definição de quem é responsável a que nível e do quê.

A terceira é: que fazer para que não sejamos mais caloteiros? Pessoalmente nunca fiz dívidas, salvo para comprar casa, e paguei-a em cinco anos. Mesmo com sacrifícios, não gosto de ter dívidas. Mas quem não se importa está no seu direito. Mas o calote é uma vergonha, e independentemente da política de cada qual, quem não quer calotes ou paga ou não faz dívidas. Um caloteiro é criatura sem palavra, um povo que aceitasse o calote, um só que seja, mesmo que não seja forma de vida, já tem a sua honra manchada. Os partidos que anunciam “uma outra política” só teriam a autoridade se tivessem denunciado o endividamento público e privado, se tivessem lutado eficazmente contra ele. O que não fizeram. Mas só há duas formas de não se ser caloteiro: ou não fazendo dívidas ou pagando-as.

Não costumo falar de temas comuns, os que ocupam as actualidades dos jornais. Já há muita gente que o faça. E também em relação a este não perdi tempo em questões técnicas ou políticas. Há igualmente muito quem o faça. Independentemente da minha opinião sobre uma e outras dimensões, mais importante para mim é não esquecer dados elementares de lucidez. Quem ouve o vulgo berrar parece que está ele cheio de razão. Mas apenas berra. Quem deve, paga. Foram os alemães como nós e nós como eles muito mais venenosa seria a nossa língua que a deles. Louvo-lhes o espírito de contenção. O que se torna insuportável no espaço público é ver a criança que, depois de ter batido no mano e tendo levado a bofetada correctiva, ainda chora e se sente injustiçado. Existe uma idade para isso. Fora dela a infantilidade é apenas humilhante. A política revela os homens. Quem exige a quem deve esquece-se do mais elementar. Deve. Que pague. O resto é jogo de interesses, não de direitos.










Alexandre Brandão da Veiga

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

São os alemães culpados? II

O segundo conjunto de aspectos tem a ver com a política europeia.

Têm a Alemanha, a Finlândia, a Holanda interesse em que a situação dos países mais pobres se estabilize? Têm. É do seu interesse e do interesse de todos.

Mas mais uma vez parece um mau começo e sinal de grosseria lembrar o que a Alemanha nos deve pelas malandrices que fez na II Guerra Mundial e pela ajuda que recebeu quando da unificação.

Quais são os vícios dessa argumentação?
1) Um país que teve 48 anos de ditadura não tem muita moral para falar de 12 anos de nazismo, por mais brutais que sejam.
2) Um país que dependeu da ajuda alemã (e não americana) para a passagem para a democracia é grosseiro se esquecer o que deve à Alemanha (não fora apenas o empréstimo alemão de 1976, mas igualmente a ajuda que a Alemanha deu aos partidos democráticos e o apoio que deu a Portugal na Europa muito poderíamos pensar sobre se a transição para a democracia não teria sido bem mais sangrenta)
3) Quem não gosta de alemães faça o favor de andar de burro, de nem usar telemóvel, porque foi graças à ciência alemã que os aviões e as telecomunicações se devem. Mais à ciência alemã que à portuguesa, é o mínimo que se pode dizer. Que ande de nau e use o grito para comunicar.
4) Os alemães pagaram fortemente a sua reunificação desde 89. Congelamentos de ordenados na função pública, endurecimento do regime de reformas, contenção de salários. E pagando a sua reunificação (não me lembro dos subsídios portugueses à Alemanha para esse ou outro efeito), não deixaram de pagar mal ou bem (e muito) para outros países europeus.
5) Os alemães ganham muito com a Europa unida? Sem dúvida. Graças ao seu trabalho, ao seu estudo, à qualidade do que produzem. Não vejo porque alguém deve algo apenas porque ganha com o seu trabalho. Tanto mais que aceitou regras de solidariedade em que paga, e muito.
6) Coloquemo-nos na pele dos alemães. Que seria se se dissesse ao povo português que teria de pagar mais impostos para financiar os alemães? Os finlandeses são soberanos e fazem com o seu dinheiro o que bem querem e entendem. Que diríamos nós caso os nossos políticos nos dissessem que os nossos impostos tinham de ser aumentados para ajudar os alemães? Demos já exemplos de solidariedade desta natureza que nos permita falar de cátedra? Que se levante o primeiro que concorde com um aumento de impostos para salvar islandeses ou irlandeses. Não me lembro de na altura alguém se ter mostrado solidário. Bem pelo contrário, do que me lembro em Portugal fizeram-se todos desentendidos, esperando que não os chegasse a nossa vez. Apenas pode pedir em dobro quem ofereceu em singelo.

Em suma, não temos direitos, e reclamar direitos inexistentes é berraria de varina. Sob o ponto de vista argumentativo é grosseiro, desrespeita a liberdade dos outros povos de fazerem com o seu dinheiro o que bem entendem, e, não sendo nossos pais, não têm o dever de nos sustentar.

Quem tem coluna paga as suas dívidas e não estrebucha. Pode salientar ao credor o interesse que tem em aliviar a carga, pode invocar junto dos associados o interesse comum. Isso é legítimo. Mas um homem que é gente assume as suas responsabilidades e não faz birra.

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

São os alemães culpados? I

A propósito desta discussão sobre a dívida pública tenho apenas três conjuntos de reflexões a oferecer. O primeiro de coerência, o segundo de política europeia e o terceiro de política interna. O pano de fundo é que os malandros dos alemães são culpados, não têm solidariedade, devem muito à Europa. E mais os maldosos finlandeses e quejandos.

Comecemos pelo primeiro. De coerência. Na política é importante por vezes ir aos fundamentos mais simples da coisa. A política é feita por seres humanos. Vejamos que humanos são estes que se queixam.

Portugal entrou no euro porque quis. Ninguém o forçou a tal. Lembremo-nos mais ainda que, quando aos alemães, mas também os holandeses, e já agora os ingleses (não entraram na brincadeira mas gostaram de pontificar mais que os outros sobre ela), disseram que Portugal não estava pronto, muito português se sentiu ofendido por estar a ser desconsiderado. Estávamos prontos e seria uma ofensa entender o contrário. Ou seja, quisemos e quisemos muito.

Em segundo lugar, sabíamos bem o que era o euro. A Alemanha deixou claro que não deixaria nunca o marco e que o euro, para existir, seria um marco europeu. Convenhamos: se alguém tem algo de muito valioso atira-o ao lixo? Fizeram eles senão bem em impor o marco. Os outros quiseram ter a melhor moeda, a Alemanha deu a sua quota. Mas impôs que o produto não piorasse a qualidade. Quem os critica é apenas quem está habituado à fancaria. Eu prefiro produtos de melhor qualidade aos de pior. Por isso parece razoável a exigência alemã. Os países tiveram de fazer profundas mudanças no seu enquadramento institucional do mercado monetário, nomeadamente aceitando a independência dos bancos centrais, sabiam o que estavam a comprar e quiseram. Sabiam bem, o aviso foi feito.

Em terceiro lugar este marco despejado sobre todos implica uma política. O vulgo chama-a de monetarista, mas depende do que se pretende dizer com isso. Só nos meados doa anos 70 Milton Friedemann se torna conhecido e já há trinta anos antes a Alemanha praticava a mesma política. Não creio que se possa chamar de monetarista. Os alemães são um povo inteligente e com capacidade para criar soluções por si mesmos. A política alemã é no fundo muito simples. Numa economia baseada numa moeda fiduciária o único bem potencialmente infinito é a moeda. E isso não é bom. É o pior que pode acontecer. A memória da hiperinflação está bem presente nos alemães, mas os países latinos bem se deviam lembrar do imposto escondido, ínvio e desigualitário, esse bem mais desigualitário que qualquer outro, chamado inflacção.

A política alemã não deveria ser chamada de monetarista, mas de realista. Não se podendo brincar com a moeda, uma economia vale pelo que vale a economia real, não manipulações monetárias. Ou seja, o mais importante numa economia é a sua estrutura, não políticas ocasionais de conjuntura, por mais úteis que sejam. Sabíamos isto, todos sabíamos isto, que era a estrutura da economia que tinha de ser adaptada e nada ou pouco fizemos.

Em quarto lugar, não tenho ideia de que alguém tenha posto uma pistola ao pescoço dos portugueses para pedir empréstimos no estrangeiro, nem me lembro de ter visto ministros das finanças ou primeiros-ministros sequestrados para os obrigarem a pedir empréstimos ao exterior. Memória curta a minha, talvez, mas confesso que perdi esse episódio. Tenho a vaga memória que se pedimos empréstimos foi de nossa palavra, e por nossa exclusiva vontade.

Em quinto lugar, o que significa pedir um empréstimo? Significa dizer a outros senhores que querermos o dinheiro deles, mas que depois o devolvemos, e em acréscimo pagamos o serviço que nos estão a fazer. Foi o que fizemos. Dissemos a esse mundo fora que lhes íamos pagar o que devíamos. Se não nos acreditassem não nos tinham emprestado dinheiro. Acreditaram em nós. Podemos agora dizer que esses senhores foram ingénuos e que não deveriam ter acreditado em nós. Estaríamos assim a dizer que somos gente que não merece confiança. Nesse caso, estão eles já começando a acreditar nessa faceta. Não nos façamos ofendidos por isso.

Em sexto lugar, deixemos o jargão técnico e falemos como gente. Que nome se dá a quem não paga as dívidas? Caloteiro. A simples hipótese de se dizer que os outros são malandros porque nos exigem o que prometemos é sinal de baixeza de carácter. Um homem vale pela sua palavra, criaturas sem palavra não valem nada. Por isso os que criticam os finlandeses e alemães por estarem a ser pouco solidários mostram assim a baixeza da sua extracção e a falha educação que tiveram. Não lhes ensinaram que quem deve voluntariamente paga, cumpre o seu dever e engole, não se queixa do cobrador. O cobrador está a ser coerente com o que fez. Somos nós quem não o está a ser.

Em suma goste-se ou não do euro, goste-se ou não da dívida, existem ambos. E ambos existem por vontade nossa. Adultos são responsáveis e não fazem birras.

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Têm os políticos de ser bonitos?

A pergunta parece descabida, convenhamos. Se falássemos de modelos, actrizes ou de cantores de música popular, talvez mesmo de apresentadores de televisão, o assunto poderia parecer ao menos de actualidade (o que não é sinónimo de razoável, apesar de tudo). Mas que sequer se coloque esta questão em relação aos políticos parece um poço de sem sentidos.

Mas propus-me analisar o campo que subtende à política. Se subtende é porque não aparece expresso. Porque, muitas vezes nem como pergunta foi suscitado. A pergunta de Einstein “o que se passaria comigo se eu viajasse num feixe de luz?” ou a pergunta ainda mais antiga “o que é o ser?” são perguntas reconhecidamente patetas, mas com resultados sobejamente fecundos. Sem ambição de obter os mesmos resultados, não tanto por humildade de autor, mas antes mais por menoridade do objecto, vejamos a que resultados ela nos conduz.


Convenhamos, não é na política onde se costumam encontrar as maiores belezas clássicas. No entanto, Alcibíades, uma das maiores belezas de Atenas, foi político. Filipe o Belo foi rei, e não dos menores. E os Anjous de Nápoles eram das famílias mais belas da Europa e isso não os impediu de ser reis de Nápoles, Polónia, Hungria, duques de Durazzo, de Atenas, condes da Provença e senhores de Avinhão (se se tornou cidade dos papas isso deveu-se a uma compra forçada à rainha Joana I de Nápoles, uma das mulheres mais belas do seu tempo). Por sinal, nem medíocres intelectualmente nem maus políticos.


Que não se espere dos governantes a beleza, pode-se dar de barato. Mas que lhes seja proibido já parece escandaloso. Ora, e admitamo-lo, a classe política actual é fundamental e irrevogavelmente... feia. E feia até à náusea em muitos casos, perdoem-me a asserção.


Se a coisa se ficasse por aqui, teríamos apenas a exposição pública de desgraças pessoais, o que é triste, mas não teria grande relevância política. O problema é que não se fica por aqui.

Em primeiro lugar porque representam externamente o país. Por essa Europa e por esse mundo afora o que se espalha é que os portugueses são...enfim, são assim. Como português confesso sentir-me muito mal representado. Porque admitindo a hipótese de serem realmente representativos da nação portuguesa, preferiria uma mentira indulgente a uma verdade tenebrosa. Sempre que passeiam pelo espaço internacional os seus semblantes o mundo olha e diz: ah, aquilo é um português. Nessas alturas sinto-me reconfortado de julgarem que sou italiano e fico tentado a não desfazer o equívoco.


A imagem já é relevante sobretudo para pessoas públicas que só vivem dela, que pouco mais têm que oferecer. Mas podemos ir um pouco mais fundo na análise.


É que um semblante esteticamente desfavorecido é sinal de uma adolescência e juventude sem grande sucesso junto do sexo oposto. Em bom rigor apenas o torna oposto, nada mais. Qual a psicologia que se forma quando as pessoas nunca tiveram ninguém que para elas olhasse e dissesse: que bonito, que bonita?


Nuns casos, as pessoas são sensatas, equilibradas, razoáveis. Vivem a sua vida privada, e consta-me mesmo que atingem a felicidade, seja na vida amorosa, seja na dedicação social, outras vezes religiosa. Mais raramente profissional.


O problema é que a grande maioria dos políticos actualmente em curso nos estrados do poder não trazem grandes êxitos profissionais. Olhando os seus curricula quando muito estiveram por engano nos Estados Unidos, a que foram chamados mas mais para endoutrinação passiva que para darem sabedoria, ou por meros acasos de juventude. Ou então, o que corresponde à maioria dos casos, não têm sequer grande experiência profissional mas apenas em aparelhos partidários.


Neste momento resta-nos a hipótese optimista de serem objecto de profundas paixões, ou de serem furiosos activistas sociais ou religiosos. Mesmo aí teríamos de verificar até que ponto qualquer destas actividades os preenchem. Prova impossível, intrometida e pouco curial. E mesmo que fosse verdade a causa, a consequência ficaria por provar, a saber, a de essas actividades lhes preencherem a vida.


A verdade é que tudo indica que não. Em primeiro lugar porque precisam de ir para a política, em segundo porque o semblante se mantém o que é. O que já o qualifica.

Resta-nos outro critério. De Gaulle ou Churchill não eram propriamente belezas clássicas. Mas eram homens imbuídos de História e consequentemente grandes políticos. Além do mais eram aristocratas. E nada redime mais a fealdade que a classe ou certas formas de santidade pelo menos.


Quanto a classe, não vale a pena discutirmos. De entre os apelidos toda a flora, fauna ou desagradáveis posturas atravessam os noticiários. Não são apelidos, são ferretes. Quanto a conhecimento de Historia, a avaliar pelo que dizem, começam na segunda guerra mundial, e as fontes são séries americanas dos anos de 1970. Lembro-me de um antigo deputado europeu que, dirigindo-se aos alemães, disse que a Alemanha ainda devia muito ao mundo. Talvez se ele referisse o facto de a China, o Japão e a Turquia terem dívida igual, mas totalmente por pagar, que apesar de tudo era essa Alemanha que lhe pagava o ordenado na sua maioria e que, sobretudo, a essa Alemanha se devia ele poder ir de avião para Bruxelas e não de burro, transporte de tecnologia portuguesa, talvez nesse caso pudesse haver alguma justiça nas suas palavras.


Nem classe, nem História. Consequentemente, nem presença nem futuro. Até agora só descobrimos factos deprimentes. O visível é deplorável, os apelidos pouco apresentáveis em sociedade, o passado nulo, o conhecimento pouco, o futuro curto, as compensações pouco prováveis.


Que são então políticos feios? Que psicologia podem trazer, dado que todos os factores de redenção que lhes tentámos encontrar não são existentes ou pelo menos passíveis de prova? Adolescentes e jovens de triste passado, que quando muito obtiveram parceira à força, ou graças a muito esforço, o que frequentemente é o mesmo. Habituaram-se a seduzir mentindo, em suma, porque não são sedutores. Ou a obter forçando, porque não lhes foi naturalmente oferecido. Trabalham no instável mas não para construir o permanente, porque perenizar no seu caso seria perenizar igualmente a sua desgraça. Sabem que conquistar no seu caso não é formar impérios, mas antes proceder a pilhagens. Usurpam, em conclusão.

A democracia não é para eles um valor mas apenas uma oportunidade. Sem ela seriam escorraçados liminarmente da vida política, ou teriam apenas lugares sem visibilidade. A democracia permite igualmente a existência do feio, do simplesmente feio, sem qualquer factor de redenção: classe, origem, obra ou serviço. Não são a sua seiva, mas o seu musgo.


Parecia que a pergunta não tinha qualquer sentido. Realmente. Mas atacando-a por várias frentes verificámos que apesar de tudo tem alguma valia. Houvéramos descoberto pontos de compensação, de salvação para a sua fealdade, e teríamos ficados descansados quanto ao nosso futuro. Não se trata de saber se as pessoas têm culpa de serem feias. Trata-se de saber se lhes é legítimo passear a sua fealdade, apenas ela e nada mais, no espaço público.


E trata-se, mais que tudo, de perceber a psicologia que se gera no feio típico que anseia pelo espaço público, o que nada mais tem para oferecer. Começámos na estética, passamos para a política e desembocamos na biologia. Porque falamos do contrário do que é nobre função do político: servir. Falamos em suma de parasitas. Esperemos que a tendência passe.


Alexandre Brandão da Veiga

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